No
capítulo de hoje nós vamos falar sobre um assunto que muito angustia os
servidores da nobre Instituição, mormente a polêmica do possível fim da
insalubridade de quem ainda a recebe. É
importante frisar que o término desse benefício não visa a uma economia para os
cofres públicos, mas tem uma finalidade
psicológica de amplo espectro. O objetivo é evitar servidor sinta-se
trabalhando em um ambiente pouco saudável e que possa adquirir alguma ziquizira
a qualquer momento. Essa situação de insegurança psicológica tem o poder de
realmente materializar-se em alguma doença e afastar o trabalhador de suas
atividades ou, mesmo se mantendo aquartelada em seu ambiente mental, pode gerar
temores vãos nada edificantes, atitudes compulsivas de desinfecção das mãos e
outros mais desconfortos que façam com que o servidor perca tempo de trabalho
em higienes desnecessárias e, em desdobramento, achar que o segurado possa lhe
transmitir alguma espécie de mal gerando algum tipo de preconceito com relação
às mazelas apresentadas pelo cliente. Portanto o que está aqui em jogo não é o
valor da insalubridade, mas, sim, a sua necessária e completa exclusão do local
de trabalho; removendo o adicional monetário, excluem-se também suas causas e
seus efeitos.
Outro
ponto em permanente discussão é quanto ao auxílio alimentação, também conhecido
como vale-coxinha-sem-catupiry, para o qual se deseja equiparação com os
valores percebidos pelos servidores do Judiciário e do Legislativo, com a mera
alegação de que temos o direito de comer tanto quanto eles. Injusta
reinvindicação, pois é visando a saúde do trabalhador, que deve se
manter fino e elegante, em espartano regime,
os homens, com barriga de tanquinho e as mulheres, com cinturinha de vespa, que fomos agraciados com tão diminuto e
econômico adicional alimentício. Afinal, coxinhas de galinha, sejam elas com ou
sem catupiry, e outros mais acepipes calóricos, engordam e deformam a silhueta.
A boa notícia que temos a dar é que o
servidor que estiver com uns quilinhos sobrando verá minguar ainda mais o seu
econômico vale-alimentação a fim de se adequar à tabela de massa corporal ideal
elaborada por nutricionistas especialmente contratados.
Também
por motivo de saúde deverá ser excluído o auxílio-transporte para que o
servidor possa iniciar e finalizar o seu dia com aprazíveis caminhadas ou longas
pedaladas, resultando em abdômen definido, gordura zero e taxa de serotonina
nas alturas. Todos esses cuidados, minuciosamente arquitetados pelo plano
superior, gerarão enriquecimento da qualidade de vida dos servidores. Da mesma
forma, com a saúde perfeita, não será necessário o recebimento dos valores da
rubrica saúde complementar pois ninguém
mais vai precisar ter um plano de saúde ainda mais agora que o SUS encontra-se
abastecido de médicos importados de notório saber e inquestionável capacidade.
Outra
questão muito importante é incorporação da GDASS ao vencimento básico. Vejamos
um desdobramento nefasto que isso poderia ocasionar: o aumento absurdo da GAE
que corresponde a 160% do valor salário base. Para atender ao desejo do
servidor e contornar a dificuldade esta última gratificação sofrerá uma
alteração de nomenclatura e passará a se
chamar Garantia Adicional de Estabilidade e mudará da coluna de créditos para a
de débitos. Explica-se a vantagem desta aparente discrepância: o servidor
passará a gozar de uma estabilidade inalienável, ou seja, mesmo que queira não
poderá se livrar deste excepcional benefício; não será exonerado nem a pedido,
estará vinculado ao INSS até a aposentadoria compulsória, aos 85 anos de idade.
E agora, com um
contracheque higienizado e enxuto, onde os débitos se sobrepõem aos créditos,
deverá o servidor utilizar-se do exemplo de desapego altruísta dos médicos
cubanos e ficar muito satisfeito com as mudanças ocorridas. Afinal, em meio a
tanta gente desempregada por aí, você que tem um empregão estável como este,
ainda vai querer salário?
é muita desgraça junta, meu Deus!
ResponderExcluirKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
INSSano, você é o MÁXIMOOOOOOOOOOOO!!!kkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirGente A vida é muito curta. Como vocês conseguem trabalhar numa organização que consideram tão ruim? Arrumem um emprego que lhes complete e sejam felizes. Vocês têm competência pra isto. O mercado está repleto de possibidades pra quem é bom naquilo que faz.
ResponderExcluirPoizeh, seu comentário é do tipo por quê vc faz dieta? a vida é curta, phodam-se as coronárias, sejam felizes, sempre vai haver uma safena, uma mamária...
ExcluirDepois de 33 anos doados a esta Instituição vc quer que eu vá procurar outro emprego?????? Essa foi demais!!!!!!!!!!!
ExcluirNão se trata de estar descontente com o trabalho, mas lutar para que direitos garantidos em lei não nos sejam retirados por medidas arbitrarias, devemos sempre estar atentos a tais arbitrariedades e essa vigilância deve ocorrer em qualquer emprego, se formos ver 98% dos servidores da instituição estão insatisfeitos e não por acaso já que devido aos abusos e arbitrariedades cometidos, as vezes tenho a impressão que as coisas no INSS são dadas por caridade e não por DIREITO assegurados em lei, sendo que muitas vezes devemos buscar as vias judiciais para garantir, e isso causa um grande mal estar!
ExcluirPor isso, que uma parte dos servidores está estudando para outros concursos...
ResponderExcluirHahaha!!!! Muito boaaaa!!
ResponderExcluirMas quem disse que estamos tristes?! Estamos felizes em ter uma Instituição que se preocupa com nosso bem estar abdominal, e nossa saúde psicológica!! A tal que vou ficar até meus 85 anos de idade trabalhando!
ResponderExcluirInssano, você é insanamente maravilhoso!
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