sexta-feira, 4 de outubro de 2013

UMA FAMÍLIA EM CRISE


Era uma vez uma família muito infeliz. Praticamente a totalidade dos filhos de papai Atendimento e mamãe Controle eram doentes ou inválidos. Os que nesta categoria não se enquadravam,  estavam, de certa forma, insatisfeitos, queriam ser eles também doentes, pois, caso contrário, seriam obrigados a trabalhar para financiar o sustento, não só dos irmãos, como também o dos pais, pois estes últimos estavam igualmente em precário estado de saúde. Era realmente uma lástima familiar.
Tanto o pai quanto a mãe eram muito possessivos e preocupados com a saúde dos rebentos e não gostavam que eles tivessem nenhuma independência. Queriam todos juntos de si, para amá-los e protegê-los.
Sempre que algum deles achava por bem mudar de casa tinha que pedir autorização paterna. A primeira providência de papai Atendimento era fingir que não era com ele e assim respondia ao pedido.
- Esse benefício não se encontra nesta base.
O que, em língua de gente, quer dizer: “Você não pertence a esta família”.
Essa simples frase já deixava o filho inseguro, soava como uma ameaça, algo como  ‘se você quer ir embora, vá, mas não conte mais conosco’. Era intimidante. Porém, mesmo assim, o filho, superando o trauma da rejeição, costumava insistir. Então papai confabulava com mamãe que ficava irritadíssima, perdia mesmo o senso do próprio nome, o que dizer que ficava completamente histérica e descontrolada. Era uma cena terrível de se ver. O filho entrava, então, em contato direto com a mãe  que não queria se comunicar. Ele insistia, atualizava o pedido, pedia perdão,  repetia a solicitação, ela ficava vermelha de raiva, criticava tudo e todos, fazia que se arrependia, o filho pensava que agora ela iria concordar com sua partida, mas outra vez ela se irritava, ele teimava e, só depois de horas de muita aflição, enfim, o rapaz ou a moça era liberado.
      Certas doenças tendem a piorar com a idade, e podemos afirmar que, após tantos anos de luta para manter a família unida e saudável, o Sr. e a Sra. Sabi estão completamente combalidos e esclerosados. O que um fala, o outro não entende. Quando um desperta, o outro adormece, isso quando não ocorre de os dois passarem o dia inteiro em total letargia. E as demandas filiais a cada dia se tornam mais difíceis de ser atendidas. 

7 comentários:

  1. Coitado do SABI, está em estado terminal já faz tempo. Aliás, coitados de nós.

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  2. ahahahahahahahah
    Que a familia SABI seja toda doente, a gente até compreende, porque eles só trabalham com doenças. Mas e os outros sistemas que também não funcionam? Foram contaminados pelo SABI? ahahahaha

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  3. Já tem SABI, SUB, SIBE... Por quê não fazem o SOBE, que é pra ver se eleva o nível da sistemaiada...

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    1. adorei a ideia..........uauhahuhau

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    2. kkkkkkkkkkkkkk... to apoiando o SOBE tb!

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    3. Sou radicalmente contra o SOBE! Até por que, se subir eles vão querer botar em algum lugar e, analisando o passado recente, sei perfeitamente onde será! Sou contra até a morte!!! OMAR.

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  4. Logo que entrei me falaram que o SABI estava com os dias contados, que estavam produzindo um software muito mais sofisticado e adequado às necessidades dos clientes e da Instituição, e que portanto não havia mais nenhum suporte ao antigo programa.

    Isso foi em 2006.

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