sexta-feira, 16 de março de 2012

TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA EM APS – OS SEGURADOS


Para uma boa e salutar execução do serviço é necessário que o servidor conheça o tipo de segurado que está atendendo com o objetivo de adaptar o atendimento ao atendido e, com isso, evitar a exposição a qualquer dano físico ou mental.  Em outras palavras, a cada qual segundo seu comportamento. Nada de esforços vãos, nenhuma perda de tempo desnecessária ou discussão inútil. Bem interpretados, os segurados perdem grande parte de sua periculosidade, assim, vejamos:
Os segurados classificam-se de acordo com variados aspectos, a saber:

1.      Quanto ao grau de tolerância à realidade:
a.       Realista – Compreende  quando o servidor lhe informa que ainda falta algum documento para a conclusão do serviço desejado e procura obter explicações a respeito do fato.
b.      Mimado – É aquele segurado que não suporta ser contrariado principalmente quando a fonte de sua informação é um veículo altamente confiável como o rádio, o jornal ou o 135. Não adianta o servidor explicar que ninguém se aposenta com apenas dois anos de contribuição se o locutor alienado de uma estação de rádio qualquer afirmou o contrário. Como essa espécie de segurado é preciso ter muito cuidado. Ele só espera um motivo para inferir que você não está respeitando seus direitos, que o está destratando ou coisa que o valha. Não discuta com ele, concorde com tudo, habilite o benefício e não esclareça mais nada. Aos ignorantes, a ignorância.
c.       Chantagista – É o tipo que começa a se lamentar tão logo é informado que não tem direito ao benefício desejado. Começa a dizer que é um infeliz, chora, reclama que tem pressão alta e, se você não o detiver, é capaz até de sofrer um enfarto na sua frente só para fazê-lo sentir-se culpado. Logo aos primeiros lamentos, mantenha-se em silêncio. Ou leve a solidariedade ao extremo, conforte-o, deplore a sua sorte, chore também. Ele não vai receber o benefício mas, pelo menos, sairá mais consolado.


2.      Quanto ao nível de impostura:
a.           Sincero – Tomemos com exemplo um LOAS idoso para ilustrar este item. A senhorinha chega acompanhada do esposo e revela que ele é aposentado. Ao tomar conhecimento de que isso é impedimento para que ela obtenha o benefício, ela aceita e desiste de dar entrada no mesmo e vai embora sem fazer drama.
b.          Loroteiro – A mesma senhorinha, quando indagada se é casada, olha para o marido, fica em dúvida do que responder e espera que o servidor prossiga para ver o que deve falar a fim de não colocar obstáculos diante de seu objetivo. Ao saber mais detalhes afirma que o acompanhante é seu vizinho, que, embora casada, não tem notícias do marido há trinta anos, informações facilmente desmentidas com uma análise mais apurada dos fatos.
c.           Mitômano – Igualmente interpelada, a senhora nega conhecer a pessoa que a acompanha, afirma, inclusive, ter vindo absolutamente só. Diante do olhar incrédulo do servidor ela afirma que aquele homem deve ser um ladrão ou um tarado visto ser a primeira vez que ela o vê na vida. Continua sua história dizendo que desde jovem é muito doente e enumera tantas e conjuntas doenças que, se verdade fosse, já há muito teria falecido; que foi abandonada pelos onze filhos, mesmo aquele que paga as suas despesas  e cujo nome ilustra a conta de luz que ela está apresentando para comprovação de domicílio; que passa fome, apesar da exuberância adiposa que exibe entre outras mais mentirinhas.


3.      Quanto ao grau de urbanidade:
a.       Civilizado – É aquele segurado que, depois de esperar duas horas para ser atendido, ainda consegue ser cortês com o atendente.
b.       Domesticado – Este cidadão é um daqueles que olha atravessado para o servidor que está há mais de um minuto sem atender ninguém, que resmunga com o companheiro do lado e que olha para o relógio a todo o momento. Ele deve ser tratado com muita cautela pois seu controle é rígido, porém, instável e qualquer imprevisto durante seu atendimento pode desencadear um crise de conseqüências imprevisíveis.
c.       Troglodita – Este delicado espécime, depois de passar horas reclamando em voz alta, gritando ao celular e chamando os servidores de vagabundos, costuma, à guisa de bom dia, gentilmente soltar uma amenidade tal como “depois vocês levam um tiro e não sabem porquê”. Com tipos assim, não perca seu tempo, exiba, você também o seu lado selvagem dê um certeiro golpe de tacape no coco do meliante. Esta atitude temerária tem três aspectos positivos: você se livra imediatamente do problema, serve de exemplo para os demais segurados e ainda consegue um afastamento para tratamento psiquiátrico.


20 comentários:

  1. hahahahahahahahahahhah
    hahahahahhaaha
    hahahhahha

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  2. Acho que não vou nem tomar posse kkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  3. Gostei desta do afastamento psiquiátrico. O que eu poderia simular para obter uma aposentadoria por invalidez? Vou procurar uns vídeos daquela juíza de Brasília para me inspirar. Deixa eu ir treinando: huashuashhuashprzgrtvvrrrrssssicexpialidocious...

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    1. Colega, nem precisa fazer muito esforço, isso flui naturalmente, quando menos você esperar, estará completamente louco e alucinado.......
      dã...

      huahuhuahuahauauh

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  4. Hahahahahahahahahaha
    E quanto será mesmo o salário inicial para que participemos desta brincadeira toda?
    Até agora nada de resultado final também... Nem sabemos quando iremos tomar posse...

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    1. Não ficou satisfeito em conseguir um empregão desses? ainda quer salário? uhhuahuahuuhauh

      dizem por aí que as nomeações devem ser em abril...

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  5. É perceptível que além de pós-graduação em idiotice para os graduados servidores alienados e medíocres que a instituição abriga, este blog virou curso de graduação para futuros(as) babacas.

    Lamentável! Torna-se compreensível faz o que quer com nossa "carreira", com tantas manifestações ridículas.

    Mas, estava apenas brincando! Sou um idiota como vocês!

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  6. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Pois é..... Querer salário pra quê? Um empregão desses. Será uma grande oportunidade de dizer que eu era feliz e não sabia.... Rs
    Mas quanto seria a ajuda de custo pra quem entra???

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    1. Não sei ao certo pois devem receber, nos 6 primeiros meses, apenas 80% da GDASS pois os outros 20% só após a avaliação individual, daí recebe-se todos os atrasados juntos. Mas já dá pra tirar uns três mil e pouco líquidos logo de cara. Só não me pergunte qt é esse "e pouco" que não sei mesmo.

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    2. Consideremos que esses 80% da GDASS só existirão se alcançarmos as indicadores de avaliação. No contexto atual, com menos servidores, mais metas a serem batida e a jornada de 30H, cruzem os dedos porque vai dar ruim...

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    3. Ô, vira essa boca pra lá, Dona Conceição pois e senhora tem a solução.....aguarde...

      já pendurei uma guirlanda de alho e pimenta na minha mesa de trabalho para espantar a urucubaca...

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    4. Então compra uma estaca de madeira, uma cruz, agua benta e arma com bala de prata pq a coisa pode piorar! hauahauhauhauah

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  7. HAHAHAH, muitoooooooo boooom!

    "Troglodita – Este delicado espécime, depois de passar horas reclamando em voz alta, gritando ao celular e chamando os servidores de vagabundos" kkk.

    Não podemos esquecer tbm daqueles segurados que chegam nas agencias 5hrs da manhã "cheios de razão".

    -MINHA FILHA, TÔ AQUI DESDA 5HRS DA MANHÃ E NINGUEM QR ME ATENDER! ÔH AGENCIA BAGUNÇADA!
    -Porque a sra chegou 5hrs se seu horario era 8:20?
    -Mas... Porq...
    -PRÓXIMO!

    Odoro seu blog *-* Parabéns!

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  8. E tem o segurado meu pai, que demorou 3 anos para procurar a aposentadoria a que já tinha direito por achar que estava devendo à Previdência e que quando botasse os pés na agência dispararia sirenes, holofotes e helicópteros: "Ponha a bengala no chão devagar e saia com as mãos na cabeça!"
    Aliás, foi correndo atrás da aposentadoria dele que me veio a ideia de prestar o concurso.
    Tenho os genes certos.

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  9. Adorei seus artigos! kkkkkkkkk...

    Se Deus quiser poderei comentar com conhecimento de causa, estou no aguardo do resultado final do concurso.

    Ps.: trabalhei com atendimento ao público no Judiciário e sei bem o que é isso... fui chamada de vagabunda, fui culpada pela improcedência da ação, fui maltratada até por vovozinhas "indefesas" e por advogados arrogantes. Enfim, atender ao público é um teste de paciência, para o qual estou ciente e disposta a enfrentar!

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    1. É verdade. O publico é a grande disgraça q qualquer empresa/orgao/intituiçao publica ou nao! kkkkkk

      Essas pestes egoistas!

      O pior é q, enquanto nós servimos deinfantaria na batalha de atender pessoas, os poderosos chefes, ficam la nos andares de cima, na 'calmaria' e recebendo muito mais!

      Mas é a vida. Corramos atras p/ um dia ficar como eles... se possivel, sem eskecer o sofrimento dos primeiros anos. kkkkkkkkkkkkk

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  10. sou técnicado seguro social e posso garantir q enfrentar pessoas porcas, fedorentas, sem dentes, com mau hálito e fedendo o q vc possam e não possam imaginar, não é p/ qq um

    continuo a trabalhar no inss por pura falta de opção

    mas persisto com os concursos públicos

    não desanimem, jovens novatos da carreira pública....

    vc vão ver: tem o segurado q é quase pós-graduado em direito previdenciário, o atravessador q se intitula consultor previdenciário e etc ......

    e tb aquelas pessoas, q sabem q a ag. fecha para atendimento externo Às 14h, mas qnd é 14 e 55, 16 e 30.... insistem em querer adentrar à APS !!

    ô povinho mesmo

    nem se preocupem: é apenas uma mostra realista do bando de vagabundos e desocupados que assola o Brasil, país lindo, repleto de riquezas naturais, q poderia ser a maior potência mundial, mas não chegará nem perto disto, pois não investe em educação, mas sim em bolsa família..........

    boa sorte a todos !

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  11. Kkkkkkkkkkkkkkkkk!

    Em meu trabalho (secretaria da saude) tem esses tipos tb! O povo é sempre o povo.

    Analisando de fora, consegui ate traçar um perfil p/ mim mesma qnd sou cliente/publico: sou do tipo realista-sincera-civilizada. Graças a Deus, nao atazano a vida de ninguem! =D

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