sábado, 25 de dezembro de 2010

TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA EM APS – O NOME

É muito fácil reconhecer um segurado inconformado com a sua situação previdenciária quando, a primeira coisa que faz, é perguntar seu nome. Tremei! Cuidado como o que responde! Ele não faz isso para criar intimidade ou demonstrar interesse por sua pessoa. Não! Assim que você acabar de dizer seu nome, terá se transformado na personificação da Previdência Social e sobre você cairão décadas de frustração e revolta. E, a cada investida, ele irá repetir o seu nome, isso com a séria intenção de levar a situação para o lado pessoal, porque você é a Previdência palpável, que ele pode provocar, ofender e até partir para a ignorância.
Portanto, para a sua tranqüilidade e a paz da Instituição, nunca diga o seu nome verdadeiro. Seguem algumas alternativas para neutralizar os ataques desferidos pelo cidadão-segurado.
1.                           nível de dificuldade – fácil: Finja que está muito rouco e,  quando for falar o seu nome, arranque com um fiozinho de voz e termine num violento acesso de tosse. Faça isso três vezes seguidas e certamente seu opositor desistirá da peleja, nem que seja por medo de pegar gripe.
2.                           nível de dificuldade – médio: Diga um nome impronunciável, de preferência russo. Pode ser até curto desde que seja de grande complexidade para os ouvidos tupiniquins. Repita umas cinco vezes e, se ele não entender, escreva. Em cirílico.
3.                           nível de dificuldade – médio: Crie um nome composto de difícil assimilação como Valdicléa Rosileide. Vejamos a simulação de um caso para avaliar o seu potencial de aproveitamento:  
- Pois bem Valdiléa...
- Não, não, é Valdicléa. Valdicléa Rosileide.
- Como eu  dizia, Valdicléa Rosilene...
- Errou de novo...Valdicléa Rosileide. É fácil, olhe só: Valdicléa de Valdir, que é meu pai e de Rosicléa, que minha mãe. Rosileide , de Rosilene , minha avó materna e......
- Deixa isso pra lá, anda logo, mocinha, que estou com pressa

Sucesso absoluto...

4.           nível de dificuldade – difícil: Escolher um nome que traga, digamos, bons fluidos como Tranqüila Maria e Pacífico José. O intuito é que, de tanto repetir o tal nome, o segurado acabe sugestionado por um espírito de concórdia. Mas sempre há o risco de as coisas correrem pelo contrário e ele, de tanto repetir o que não é, acabe ficando mais irritado ainda e aumentando a carga de desaforos sobre você. Portanto essa alternativa só é indicada para aqueles que possuem grande controle emocional. E, neste caso, podem usar o próprio nome mesmo...

3 comentários:

  1. E o nome do carimbo? Como escondê-lo?

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  2. A maioria dos segurados não sabe ler, então não representa grande ameaça.
    Porém muitos colegas adotam uma técnica bem interessante: carimbam os documentos de um jeito tão borrado que fica ilegível!

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  3. O problema não é o carimbo do servidor, o que borra é a tinta vagabunda que o INSS compra.rsrsrss.

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